26-10-09 As políticas públicas de saúde voltadas para os negros são tema do Dia de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, que acontece nesta terça-feira, dia 27.

Discutir as dificuldades que os negros enfrentam ao procurar o atendimento médico público do Sistema Único de Saúde, o SUS. Esse é o objetivo do Dia de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, organizado por entidades nacionais, estaduais e municipais que representam os afro brasileiros em parceria com o governo.

Belém, no Pará; São Luis, no Maranhão; Macapá, no Amapá; e Porto Velho, em Rondônia são as capitais situadas na Amazônia Legal com programações no dia 27 deste mês.

O articulador da mobilização nacional, José Marmo, explica quais as preocupações quando se trata da Amazônia legal:

SONORA: O objetivo dessa mobilização é a implementação da Política Nacional de Saúde Integral, principalmente nos estados da Amazônia. Porque a Política já vem acontecendo, de alguma forma, nos estados do sul e sudeste. E, na Amazônia nós sabemos que, por ser uma população negra, mas também cortada por rios, as doenças hídricas são fundamentais para trabalhar na Amazônia. Além, é claro, do combate ao racismo.

Os estados têm liberdade para definirem a programação local. Em Porto Velho, por exemplo, vai acontecer o Primeiro Seminário Estadual de Saúde da População Negra. De acordo com o presidente do Centro de Cultura Negra, Silvestre Antônio, 20 dos 52 municípios do estado participarão do debate. O objetivo do seminário é verificar se a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, criada pelo Ministério da Saúde, em 2006, está mesmo sendo aplicada.

A medida do Ministério da Saúde estabelece o enfrentamento do racismo no SUS por meio de treinamento das pessoas que trabalham com saúde e maior atenção à prevenção e ao tratamento dos problemas que mais atingem a população negra.

Entre as doenças que mais vitimam os negros estão a tuberculose, a eclâmpsia, que é a hipertensão arterial em mulheres grávidas, e doenças infecciosas. A violência também é um grave problema. O risco de um homem negro de 15 a 49 anos ser vítima de homicídio é duas vezes maior que o risco de um homem branco na mesma faixa etária. Os dados são de 2008, divulgados pelo Ministério da Saúde.

De Brasília, Cristina Sena

Esse post foi publicado em Rádio Nacional da Amazônia. Bookmark o link permanente.

Deixe um comentário