09/02/2010 Os acusados de desviar recursos destinados a construção de casas em Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso, vão responder a ação judicial

Dois servidores do Incra e um empresário de construção civil estão sendo acusados pelo Ministério Público Federal, MPF, de desviar mais da metade da verba para construção de casas no assentamento rural Ritinha.

O projeto previa a construção de 133 casas, num investimento total de 332 mil e 500 reais. Mas apenas 78 casas receberam cobertura, 9 ficaram sem alicerce, 13 somente com as paredes e 33 nem chegaram a ser construídas.

As irregularidades foram constatadas pelo MPF em 2003. O valor atualizado do desvio ultrapassa 267 mil reais. Na época, 78 famílias habitavam as novas casas.

A procuradora do MPF, Vanessa Ribeiro, explica que houve desvio também na compra de material.

Sonora: Foram casas construídas, por exemplo, sem nenhum elemento estrutural, sem critério técnico na hora de se levantar uma parede, algumas sem fundações e de qualidade duvidosa. Um outro ponto também que não foi observado foi justamente o local onde foram construídas as casas, que sem qualquer tipo de fundação, construíram residências em áreas alagadiças, o que coloca em risco a vida de todas essas pessoas que nelas residem.

Além de responder à ação movida pelo MPF por improbidade administrativa, que determina a devolução do dinheiro em valores atualizados, a procuradora Vanessa Ribeiro declara que os servidores do Incra podem responder a processo administrativo disciplinar. A polícia também instaurou inquérito policial contra os funcionários do instituto e o empresário.

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

Comunidades ribeirinhas de Rondônia poderão participar de projeto que gera renda familiar e ensina a preservar o meio ambiente

O projeto Meio Ambiente na Arte e Cultura pretende beneficiar todas as comunidades ribeirinhas e quilombolas de Rondônia.

A coordenadora de educação ambiental da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental, Iraci Vanderlei, explica o objetivo da iniciativa.

Sonora: Além de estimular a percepção ambiental dos ribeirinhos, dos quilombolas, das comunidades tradicionais do estado de Rondônia é também de gerar renda e oportunidade de trabalho. Ao mesmo tempo em que essas pessoas trabalham a conservação, promovem a educação ambiental em si, elas se utilizam dos recursos que a floresta tem, como fibras e sementes, para gerar renda e oportunidade de trabalho.

Iraci Vanderlei declara que o trabalho é desenvolvido de acordo com as características de cada comunidade.

Sonora: As ações são desenvolvidas de acordo com o potencial florístico que a comunidade tem e com o capital cultural. Ele se fundamenta principalmente no que diz respeito a essa relação que essas comunidades tem com a floresta, o conhecimento que elas tem a respeito da floresta, e aí nós vamos estimular a criatividade dessa pessoas.

A coordenadora afirma que ainda falta apoio logístico para que o projeto seja levado a todo o estado.

Sonora: Nós estamos precisando de mais parcerias, mais apoio logístico para que o projeto se expanda mais, não adianta a gente abranger outras comunidades, outras pessoas, se nós ainda não temos o apoio logístico suficiente para desenvolver com eficiência e eficácia as ações do projeto. Mas quem quiser colaborar, pode entrar em contato com a secretaria.

O projeto – que começou no ano passado – já beneficia cinco comunidades do município de Porto Velho. No mês que vem a iniciativa deve chegar à comunidade de Porto Rolim do Guaporé, em Rolim de Moura.

Para participar é preciso ser morador de uma das comunidades favorecidas.

De Brasília, Cristina Sena

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

02/02/2010 O estado do Mato Grosso contará com equipe de inteligência para combater o trabalho escravo

Uma equipe formada por agentes da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e servidores do Ibama vai investigar denúncias de trabalho semelhante à escravidão em todo o estado.

Os agentes participam de um curso de capacitação – que teve início na última segunda-feira – com duração de quatorze semanas.

O presidente da Coetrae, Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo, Alexandre Bustamante, fala sobre o curso.

Sonora: O curso está sendo para 30 servidores, para apoiar a fiscalização dos fiscais da Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso. Muitas vezes a justiça, o Ministério Público e a polícia, quando vai formar a culpa nos processos criminais deixa passar determinadas provas, porque os policiais não estão preparados para esse tipo de delito. A proposta é qualificar policiais para essas práticas teóricas e atividade rural.

Durante o treinamento, os servidores também aprenderão a utilizar equipamentos de monitoramento à distância, como GPS – aparelho que marca a posição da pessoa dentro de uma mapa, para que ela possa voltar quando quiser ao mesmo local – além de câmeras e filmadoras de alta tecnologia.

A previsão é de que a equipe comece a atuar em maio deste ano.

Outra medida que será implementada no estado para combater esse tipo de trabalho é o Sine Rural – que vai funcionar como uma agência de empregos voltada para vagas na área agrícola. Como explica Bustamante.

Sonora: O produtor rural, ao invés de contratar o “gato”, que é aquela pessoa que vai pegar o trabalhador em outro estado, procure o Sine Rural para poder procurar o empregado. O empregado rural que estiver desempregado, ele vai estar cadastrado nesse Sine. A gente está fazendo a qualificação desses trabalhadores egressos do trabalho escravo e colocando à disposição desse Sine, para que ele volte ao trabalho com a carteira assinada com todos os direitos que são a ele inerentes.

De acordo com levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2009 foram resgatados 308 trabalhadores no estado em situação semelhante à escravidão.

Os casos de trabalho escravo em Mato Grosso podem ser denunciados pelos telefones 65 3616 4800 ou 3613 9100.

De Brasília, Cristina Sena

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

07/01/2010 A qualidade da água do Rio Madeira está sendo monitorada para diminuir os impactos da construção das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, em Rondônia

O monitoramento responde a uma exigência feita pelo Ibama, com o propósito de prevenir danos à qualidade da água durante a construção e operação das usinas.

A coordenadora de projetos da EcologyBrasil, empresa responsável pelo estudo na hidrelétrica de Santo Antônio, Gina Boemer, destaca a importância do acompanhamento para a preservação do meio ambiente.

Sonora: O objetivo principal do monitoramento da qualidade da água é avaliar as alterações da qualidade da água decorrentes da implantação e da operação do empreendimento. A gente tem um retrato de como está hoje e no futuro a gente vai poder saber como que essa água vai ficar, evitando que problemas que possam por em risco a biodiversidade local e a população que faz uso desse corpo d’água possam ser evitados.

Segundo o coordenador de sustentabilidade da Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela construção e operação da hidrelétrica Santo Antônio, Aloísio Ferreira, a temperatura, a transparência e as substâncias da água são monitoradas sem intervalos.

Sonora: Medindo a qualidade da água em tempo real durante a construção da obra, antes do rio passar pela área da obra da barragem e logo abaixo. Com isso, de imediato nós vamos saber se esses parâmetros de grande importância para a qualidade da água, se eles estão sendo alterados pela atividade de construção (…).

O acompanhamento durante 24 horas por dia dos impactos das obras da usina começou no fim do ano passado. Antes era feita somente a coleta trimestral de amostra da água para análise em laboratório. Por exigência do Ibama, o monitoramento vai ser feito também durante todo o período de funcionamento das usinas.

De Brasília, Cristina Sena

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

07/01/2010 Quadro conhecer para proteger – macaco-aranha

O quatá ou macaco-aranha é um gênero de primata típico da floresta amazônica. Seis das quatro espécies existentes no mundo são encontradas no Brasil. É um animal de grande porte – só perde em tamanho para o moriqui – e tem pelo escuro. Mas suas características mais marcantes são os longos braços, pernas e cauda – por isso o nome macaco-aranha. A cauda é bastante útil, funciona como um terceiro braço, que ele utiliza para se pendurar nos galhos das árvores em busca de frutos, flores e algumas folhas, base de sua alimentação.

Duas espécies brasileiras do quatá estão ameaçadas de extinção. O ateles marginatus, que habita a região leste do Pará, e o ateles belzebuth, encontrado nos estados do Acre e Amazonas, em regiões próximas à divisa com a Colômbia e com o Peru. O doutor em ecologia do Centro de Pesquisa e Conservação e Primatas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Marcos Fialho, atribui a diminuição do número dos macacos principalmente ao desmatamento e à caça.

Os quatás vivem em bandos e ocupam grandes áreas, preferencialmente em bom estado de conservação. Por isso, são sensíveis a qualquer mudança em seu habitat natural. Fialho acrescenta que as árvores mais visadas para a exploração da madeira são as preferidas pelo macaco-aranha para alimentação. Além disso, de acordo com o biólogo, é comum a caça de macacos de grande porte, por se tratar de um prato típico da região amazônica.

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

05/01/10 Moradores da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Oeste do Pará, trocam as moradias de palha por casas de alvenaria

Entre 2005 e 2009, mil e trezentas famílias da Resex Tapajós-Arapiuns contaram com recursos financeiros do Incra para a construção de casas. Atualmente, as famílias recebem quinze mil reais para investirem na compra de material de construção e no custeio de mão-de-obra.

Localizada nos municípios de Santarém e Aveiro, no Oeste do Pará, a Resex abriga aproximadamente três mil e quinhentas famílias em setenta e duas comunidades. Segundo o Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos do Incra em Santarém, Marcelo Bosch (Boche), o Instituto pretende financiar a construção de residências para todos os moradores da unidade de conservação.

SONORA: A nossa previsão pros próximos 6 meses é estar construindo mais 400 casas, sendo que 200 já estão em fase de construção. E uma meta até um pouco ousada, a gente está querendo fechar 2010 com 2000 casas entregues na Resex Tapajós- Arapiuns, para todas das comunidades que lá vivem. Estamos priorizando também a região do Arapiuns, uma região que a gente não conseguiu atacar com a mesma força que a região dos Tapajós.

De acordo com Bosch, os recursos são administrados pela Tapajoara, a organização das Associações comunitárias locais. O presidente da Tapajoara, Rosinaldo Santos, explica que as famílias foram cadastrados para receber o financiamento. Segundo ele, como medida de economia, o material de construção é comprado em mutirão e as casas são feitas pelos moradores da reserva.

Agostinho da Silva é um dos beneficiados da comunidade de Muratuba. Ele, a esposa e os cinco filhos saíram da casa de palha e chão batido há seis meses.

SONORA: É uma casa de qualidade, bem reforçada, no padrão e realmente nós dentro da Resex não tínhamos condições de receber uma casa dessas.

As moradias têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, mas os moradores escolhem a disposição dos cômodos.

De Brasília, Cristina Sena

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

12/2009 Especial Febre Amarela

LOC: Entre os meses de janeiro e maio, a população da Amazônia Legal deve aumentar os cuidados para evitar a Febre Amarela.

LOC: Nesse período chuvoso, os mosquitos que transmitem a forma silvestre da doença, aparecem em maior quantidade. Mais informações com Cristina Sena.

MATÉRIA: Segundo o Ministério da Saúde, a incidência de Febre Amarela diminuiu nos últimos cinco anos no Brasil, mas a taxa de mortalidade continua alta.

Em 2008, vinte e cinco das quarenta e seis pessoas que contraíram a doença morreram. Nos estados da Amazônia Legal, a doença levou a óbito quatro dos seis infectados.

Entre os meses de janeiro e maio, período de chuvas, aumenta a população dos mosquitos haemagogus e sabethes, transmissores da doença em áreas de floresta e cerrado – a chamada Febre Amarela Silvestre – uma das formas que mais preocupam atualmente. Já que desde 1942 não há casos de Febre Amarela urbana no país, transmitida pelo aedes aegypti, também vetor da Dengue.

O médico especialista em doenças tropicais da Fundação Oswaldo Cruz, Victor Laerte, detalha os sintomas da doença.

SONORA: Ela começa com um quadro de febre aguda, a pessoa começa a ter febre de repente. Mal estar, dor no corpo, e que, geralmente melhora somente tomando os analgésicos, mas que, em pequena parte das pessoas pode agravar. Em torno de 20 a 25% das pessoas ela pode evoluir para um quadro mais grave, que aí sim você tem aquelas manifestações de icterícia, a pessoa fica amarela, pode ter alterações na coagulação no sangue, aquele vômito de sangue, e nesse quadro a chance de morrer é maior.

De acordo com Victor Laerte, a taxa de mortalidade é alta porque a maioria dos casos descobertos são de pessoas que apresentam a forma grave da doença.

SONORA: A maioria dos casos nem consegue fazer o diagnóstico, a não ser se atentar para o fato de a pessoa ter ido a uma área de transmissão da Febre Amarela e pode até ser confundido com outras doenças também, como dengue, umas viroses.

Por isso, quem mora em região próxima à floresta, local onde o mosquito se encontra, precisa estar com a vacina em dia.

Victor Laerte alerta que a vacina é a única maneira eficaz de evitar o contágio.

SONORA: Pessoas que moram em áreas onde tem a transmissão é muito aconselhável tomar a vacina. E pessoas que se dirigem a essas áreas também. Demora dez dias para ela ter o efeito imunogênico. Então tem que tomar o cuidado de tomar a vacina dez dias antes de chegar ao local de destino.

Em regiões endêmicas, como os estados com floresta amazônica, as crianças são vacinadas com seis meses de idade. Mas a cada dez anos, é preciso reforçar a dose. Atenção: mulheres grávidas, pessoas alérgicas à gema de ovo ou com imunidade baixa não devem ser vacinados.

Zouraide Guerra, técnica da Coordenação de Vigilância das Doenças Transmitidas por Vetores Antropozoonoses do Ministério da Saúde, a COVEV, dá dicas de prevenção para quem não pode tomar a vacina.

SONORA: É utilizar roupas protetoras, de manga comprida, calça comprida, e repelente de mosquito, repelente de inseto. Porque se transmite quando o mosquito vem para picar pra se alimentar, que ele se alimenta de sangue.

De acordo com Zouraide Guerra, a contaminação por Febre Amarela tem aumentado nos estados do sul, sudeste e centro-oeste do país. Metade dos casos da doença registrados no ano passado nos estados da Amazônia Lega ocorreram no Mato Grosso.

De Brasília, Cristina Sena



Publicado em Matérias Especiais, Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

21/12/2009 Moradores da Aldeia do Mapuera, em Oriximiná, no Pará, se preparam para a realização do primeiro casamento civil comunitário de indígenas no Brasil

Nesta terça-feira, vinte e dois de dezembro, aproximadamente trezentos casais indígenas da Aldeia de Mapuera, vão oficializar simultaneamente a união. Todos os presentes estarão vestidos com trajes indígenas, inclusive o juiz de paz. Uma maneira de lembrar que a cultura das etnias precisa ser preservada.

A idéia do casamento civil coletivo partiu dos próprios moradores da aldeia, preocupados em garantir à mulher e aos filhos o direito à pensão da Previdência Social, em caso de morte do esposo. Os indígenas procuraram o defensor público do Pará Mário Printes durante o Fórum Social Mundial, em janeiro deste ano, para propor o casamento comunitário.

O defensor público Mário Printes vai ser o juiz de paz da cerimônia. Ele fala da dificuldade que os indígenas enfrentam para ter direito aos documentos de identificação.

Sonora: Se a Funai viesse, cumprisse o que diz, que toda aldeia deveria ter um livro de registro administrativo. Nasceu um indígena, então ele deveria ser registrado administrativamente. A lei também diz que eles têm que ter uma carteira de identidade. Se eles tivessem isso eles nem procurariam ser registrados civilmente.

João Wai Wai é vice presidente da Associação dos Povos Indígenas de Mapuera e um dos noivos da cerimônia. Ele confirma as dificuldades relatadas pelo defensor público e reclama do descaso da Funai com a comunidade.

Sonora: Nosso povo fica muito distante, praticamente isolado, aqui é quase na fronteira de Guiana, Guiana Inglesa, é um povo carente, que quase a gente não recebe assistência da Funai, não tem sido muito bom a ajuda por parte Funai porque eles alegam que a dificuldade é muito grande, a distância é grande.

Moram na Aldeia de Mapuera cerca de mil e duzentos indígenas das etnias: Wai Wai, Katwena, Xerwuiana, Hiskararyana, Mawaiana, Wadixana, Tunayana, Xowyana, Ckiyana (Kikiana) e Caxuyana.

De Brasília, Cristina Sena

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

07/12/2009 Neste ano, as crianças de assentamento em Roraima terão um natal especial. O Incra está realizando uma campanha e recebe até 21 de dezembro doações que serão distribuídas aos assentados

Com a Campanha Natal Rural, a Superintendência do Incra de Roraima pretende arrecadar livros e brinquedos para doar às crianças moradoras de um dos sessenta e oito assentamentos do estado.

O Superintendente regional do Incra, Titonho Bezerra, acredita que a campanha vai ajudar a melhorar a qualidade de vida das crianças.

SONORA: Possa estar proporcionando essas duas coisas: o brinquedo pras crianças e o livro, uma forma de manter o nosso estudante rural atualizado e cada vez mais incentivando a leitura que no país o nível de leitura ainda é pouco em toda a nossa população.

Titonho explica que a realidade de quem mora em um assentamento é bem diferente da realidade de quem mora na cidade.

SONORA: A importância de que cada pessoa se sensibilizasse com essa campanha. Ela é um ato simples da nossa parte, mas a gente entende que é um ato importante pra quem está lá no campo, se o acesso que muitas vezes nós temos na cidade. Então é importante essa sensibilidade de saber que o nosso estado precisa estar cada vez mais crescendo e não se cresce um estado sem leitura.

O assentamento será escolhido por meio de sorteio. O Incra pretende arrecadar pelo menos um brinquedo para cada criança. Já os livros serão entregues às bibliotecas das escolas locais, para que todos possam utiliza-los.

As doações podem ser feitas até vinte e um de dezembro. No dia seguinte, será a entrega do que for arrecadado.

Qualquer pessoa pode participar, basta deixar a doação na caixa de coleta instalada na Sala da Cidadania, que fica na sede da Superintendência. Anote o endereço: Avenida Ville Roy, 5315, bairro São Pedro, Boa Vista, Roraima. O telefone para contato é 95 2121 5807. Repetindo ddd 95 telefone 2121 5807.

De Brasília, Cristina Sena

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário

26/11/2009 Nesta terça-feira é comemorado em todo o país o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Em Boa Vista, Roraima, a campanha começou dia 23 de novembro

Com o título “Aids Sem Preconceito”, a campanha pretende combater a discriminação e conscientizar a população, principalmente os jovens, da importância do uso do preservativo para combater o vírus do HIV.

Em Roraima, Boa Vista é a cidade que apresenta o maior número de pessoas infectadas. Segundo a técnica da secretaria Estadual de Saúde, Sumaia Dias, oitenta dos noventa e nove casos de HIV descobertos este ano estão na capital.

Por isso, as ações de combate ao virus em Boa Vista foram intensificadas. Ao término da campanha terão sido distribuidos à população mais de cinqüenta mil preservativos masculinos e dez mil femininos. Nesta terça-feira serão oferecidas palestras, testes rápidos para detectar HIV e panfletagem, como explica Sumaia Dias.

SONORA: Nós vamos estar em semáforos estratégicos aqui da cidade de Boa Vista, pintando os carros com o tema e também fazendo orientações, fazendo panfletagem a respeito do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, alertando a população.

Segundo Sumaia Dias, todos os municípios de Roraima oferecem testes rápidos, com resultado em até quarenta minutos depois do exame. O soropositivo costuma ser encaminhado à Boa Vista para tratamento.

Apesar de apresentarem menores índices de contaminação, os municípios da fronteira, como Pacaraima e Bonfim, também recebem atenção especial da Secretaria de Saúde do estado. O coordenador municipal de ação básica de Pacaraima detalha as ações programadas na cidade que faz fronteira com a Venezuela.

SONORA: A ação vai ser realizada entre os dois países com a distribuição de preservativo e folder confeccionado a partir de uma parceria com o projeto de fronteiras desenvolvido no Mercosul.

A população indígena é monitorada pela Funasa, e pelos governos estaduais e municipais. Segundo a funcionária da Secretaria estadual de Saúde, Neuza Nascimento, foram diagnosticados vinte e seis casos de Aids entre os indígenas este ano, mas é possível que o número seja maior.

De Brasília, Cristina Sena

Publicado em Rádio Nacional da Amazônia | Deixe um comentário